Indústria farmacêutica canábica de olho no mercado brasileiro

A legalização da maconha ainda é um sonho distante para o brasileiro. As conquistas recentes sobre a erva contemplam apenas o uso medicinal e a permissão para o cultivo caseiro ainda é restrito a poucas famílias. A mudança definitiva na legislação de drogas deve demorar, mas a indústria farmacêutica canábica já prepara o desembarque no Brasil.

A norte-americana Knox Medical é uma das empresas que já iniciou o processo de abertura de uma representação no Brasil. A Knox fabrica 12 medicamentos canábicos e planeja coloca-los em comercialização no nosso país.

Para cuidar dos negócios aqui, a Knox contratou como CEO da operação local Mario Grieco, ex-presidente da Monsanto (fabricante de pesticidas e sementes transgênicas) no Brasil.

A consolidação da indústria farmacêutica canábica é importante e pode oferecer um novo tipo de terapia para milhares de brasileiros. Entretanto, é importante ligar o sinal amarelo e estar atento a mudanças na lei que não contemplem o direito de usuários/pacientes cultivarem maconha em casa ou através de cooperativas.

O lobby é pesado, envolve muita grana e certamente vai ter gente lutando para garantir o lucro e quem já ficou rico com a maconha. A legalização que respeite o direito de usuários recreativos e/ou medicinais só vai ser conquistada com muita luta.