Strain Hunters perde Franco: “Cannabis é minha paixão, meu pão, minha casa”

Imagina você começar a trabalhar num dos maiores bancos de semente do mundo, de repente, ganhar a confiança do criador e virar sócio, braço direito, parte da marca! De repente, entre prêmios e milhas e milhas de viagens, você tá lá, apresentando um programa sobre expedições em busca de strains enraizados nos quatro cantos do planeta. Entre entrevistas e muitos, muitos, muitos baseadões, 42 anos poderia ser pouco pra tanta marola e fumaça. Mas foi assim que viver Franco Loja. E aqui fica nossa homenagem a um cara que viveu e amou a cultura canábica até a última ponta:

Nas palavras do perfil StrainsHunters:

Franco é um ícone que ajudou a mudar muitas vidas. Ele será lembrado profundamente como um irmão, pai, filho e muito mais. “Cannabis é minha paixão, o meu pão, minha casa. Eu sinto que é como um dever assegurar que esta planta maravilhosa seja preservada e apreciada. Sou um fumante, um cultivador, breeder e Strain Hunter. Para sempre.”

Em entrevista recente ao camarada Sérgio Vidal, ele apostou que o Brasil deve ser, lógico, no futuro, o maior mercado da maconha na América. Vale muito a pena conferir o papo, relembrar o maconheiro poliglota que dava aula de simpatia:

O motivo da morte divulgado seria a contração de Malária, doença contra a qual ele mesmo estaria ajudando a combater, no Congo. Franco estava trabalhando na construção de um abrigo que serviria para tratamento de pacientes com o mal que acabou o levando.

É triste demais. Mas é preciso lembrar que a lembrança será eterna. Não só em homenagens, entrevistas, placas e strains, mas na história da cultura canábica mundial.

Em 2013 nosso camarada Victor Eiji, em cobertura da Cannabis Cup em Amsterdam, fez uma entrevista com a dupla (foto, capa). Você pode assistir clicando AQUI.

Quando eu pensei em criar um blog de maconha, evidentemente não imaginei que tivesse nunca que escrever um obituário. É triste. Demais. Mas a missão não pode parar, é isso que ele mesmo nos diria (e nos diz), como exemplo. Então o jeito é acender uma vela e emanar boas energias, fazer fumaça para homenagear essa história e, no mais, dar continuidade a essa roda viva da militância mundial. Seria ainda mais triste se não fosse lembrado por tudo que fez, mas isso não vamos deixar acontecer.