Um estudo realizado na Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston colocou em prova a hipótese de que o uso de maconha poderia interferir na fertilidade de homens e/ou mulheres. Os resultados, no entanto, não apontam nenhuma relação entre a falta de fertilidade tanto em homens como mulheres e o uso da droga. A pesquisa foi a primeira a abordar este tema, e foi publicada no Journal of Epidemiology and Community Health.
Fonte: Climatologia Geográfica
Os resultados, no entanto, entram em conflito com outros estudos realizados sobre temas semelhantes, como a relação entre a maconha e os hormônios reprodutivos e a qualidade do sêmen.
O estudo analisou 4194 mulheres dos Estados Unidos e Canadá entre as idades de 21 e 45 anos. Os alvos específicos da pesquisa eram mulheres em relações estáveis que não utilizavam contraceptivos ou tratamentos de fertilidade. As mulheres entrevistadas tinham a opção de convidar seus maridos a participar também da pesquisa; 1125 homens aceitaram o convite.
Os pesquisadores descobriram que durante o período de 2013 a 2017, aproximadamente 12% das mulheres que participaram do estudo e 14% dos homens relataram uso de maconha. Depois de análises, foi concluído que as probabilidades de concepção entre os usuários da droga e os não usuários eram semelhantes.
A pesquisa ressalta, entretanto, que algumas questões sobre o efeito do uso da maconha permanecem. Por exemplo, eles disseram que classificar as pessoas corretamente de acordo com a quantidade utilizada da droga, especialmente quando estamos lidando com dados auto-relatados, é um grande desafio.
“Estudos futuros com dados diários do uso de maconha podem melhor distinguir os efeitos do uso crônico da droga e avaliar se os efeitos dependem de outros fatores”, escreveram.
Com informações de EurekAlert.