O Uruguai já legalizou o cultivo e venda de maconha para uso recreativo, mas faltava uma legislação mais abrangente para contemplar alguns aspectos do uso medicinal, como a permissão para os medicamentos concentrados com canabidiol (CBD).
Por decreto publicado no dia 16 de outubro, o governo uruguaio autorizou a venda, sob receita profissional, de “especialidades farmacêuticas com cannabidiol como princípio ativo, elaboradas a partir de extratos de cannabis não psicoativos”. Para este tipo de medicamento, o nível de THC não poderá ser superior a 1%.
Atualmente não existe produção de medicamentos canábicos em solo uruguaio. Duas empresas do país já foram autorizadas pelo governo para realizar este tipo de cultivo, mas a colheita das plantações ainda não foi concluída.
“Temos muita esperança de que logo teremos uma produção nacional. Não necessariamente como produtos farmacêuticos ou como medicamentos, mas como suplementos alimentícios ou fitoterápicos,” explicou nesta quinta-feira em coletiva de imprensa o ministro de Saúde uruguaio, Jorge Basso.
O Ministro ainda afirmou que não existe uma data definida para o início da venda dos medicamentos canábicos nacionais. De acordo com Basso, o prazo depende das empresas que cuidam do cultivo para esta finalidade. A expectativa é que os produtos finais estejam disponíveis para os consumidores em 2018.