Tráfico por amor: A lei não perdoa!

Uma rápida pesquisa no Google pode revelar uma centena de casos de prisões de acusados de tráfico de drogas por semana. Tem de tudo: das toneladas apreendida em alguma operação nas rodovias até o matuto que portava uma dúzia das famosas “trouxinhas”. Quando a prisão envolve mulheres, chama atenção uma particularidade: a prisão por tentar entrar com alguma droga ilícita dentro do presídio. 

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Neste domingo (11/10) uma senhora de 61 anos foi presa por tentar entrar com 148 gramas de maconha, escondida dentro do órgão genital, no Complexo Penitenciário de Campo Grande (MS). A erva seria para filho que está preso no local. O caso foi registrado como tráfico de drogas, com pena de 5 a 15 anos. 

Por mais que fica claro a ausência de interesse financeiro deste “tráfico”, a estúpida lei proibicionista não vai perdoar aventura da senhora que tentou levar um pouco de paz para mente do filho preso. 

Esse caso de tráfico por amor não é um fato isolado. Não são poucos os casos de parceiras e mães que arriscam nessa aventura. Quem já visitou alguém dentro do sistema prisional sabe o constrangimento que as mulheres são expostas para ter direto à visita. A tentativa de entrar com algo ilícito por este caminho é quase sempre fracassada. 

O “tráfico” em nome do amor guarda uma outra problemática social: a morte família. Com pai e mãe/avó cumprindo uma pena que pode chegar a 15 anos de detenção é provável que esteja em construção uma geração de crianças órfãs por força da política proibicionista, que dizer servir para proteger a família. 

Será que Magno Malta, Osmar Terra e Ronaldo Laranjeira estão preocupados com estas crianças?