Renascimento canábico

por S. M. Hermes

Atualmente o uso da Cannabis ainda é tido como tabu em demasiados países de todo o mundo, fato que perdura devido ao imaginário criado nos preceitos da sociedade acerca do usuário da planta e que se desenvolveu principalmente a partir da declaração de Guerra às Drogas dos Estados Unidos em 1971. Tendo isso em vista é possível sanar dúvidas em relação às mazelas da sociedade em que vivemos compreendendo como a máquina opera — que é oprimindo cada vez mais as minorias, muitas vezes de forma sútil e oportunista; muitas vezes não.

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Todavia são de conhecimento científico e ancestral as propriedades medicinais da Cannabis sendo possível observar na atualidade diversos estudos e pesquisas que tem abordado exatamente essa questão. Conforme a Cannabis volta para o cenário da legalidade em determinados lugares ao redor do mundo seus benefícios têm sido cada vez mais explorados por indivíduos de diferentes sociedades, como por exemplo o Brasil, onde ainda existe muito preconceito em relação ao uso da planta devido principalmente a obsolescência da nossa legislação que trata das drogas.

De acordo com o estudo “Cannabis e humor” (2010), foi considerado que não está definido claramente se o uso de Cannabis implica em risco aumentado de depressão, porém o uso mais intenso e em longo prazo está relacionado com um risco maior de desenvolvimento de doença bipolar. A aplicação da Cannabis na nossa rotina mesmo que tenha um intuito recreativo acaba por vezes tendo efeito medicinal combatendo dores crônicas, náusea, falta de apetite e até mesmo condições de saúde mental como alcoolismo, depressão e fobias.

E conforme cada vez mais indivíduos se elucidam em relação ao uso da Cannabis e todo estigma social que se criou através da propaganda enganosa do Estado, pode-se imaginar um futuro mais promissor que o passado onde as leis sejam pensadas em prol de todos. Pois enquanto indivíduos temos a capacidade de passar adiante a palavra para nossos semelhantes tornando a mudança algo possível e assim a humanidade tem caminhado — mesmo que a passos curtos — em direção à uma nova Renascença.