Questão sobre maconha no vestibular causa polêmica [Notícias do Futuro]

O novo colunista do Hempadão tem o poder de fumar um e acessar as Noticias do Futuro. Enquanto aperta um, ele escreve na piteira a data certa do acontecimento. Hoje estamos em 15 de Outubro de 2018. E o relato a seguir corresponde ao noticiário da época:

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Pela primeira vez uma questão de vestibular aborda aspectos positivos da planta maconha. A questão criou polêmica gerando reclamações de parte dos alunos. “Agora o estudante tem que saber sobre maconha?”, argumentou Hermes Silva, 19 anos, sobre a questão que abriu a prova de história do ENEM.

Se é verdade que o conteúdo não está nos livros de história, é também verdade que temas relevantes do cotidiano também são usados como recursos para as avaliações.É o exemplo das questões inclusivas que vem sendo feitas desde 2015 quando a legalização do casamento gay nos EUA também virou questão e gerou polêmica na época.

Outros estudantes não tiveram dificuldade de responder. “Realmente nunca foi dito nada disso na escola, mas qualquer pesquisa de 15 minutos você acha isso na internet, vai da curiosidade de cada um”, disse Paulo Maia, 18 anos, vestibulando de Geografia.

A questão causadora de toda polêmica foi a múltipla-escolha a seguir:

De que produto eram feitas as cordas dos navios que vieram a descobrir o Brasil?

a) algodão, b) cânhamo, c) soja, d) barbante ou, e) nylon

De acordo com a instituição que promove o concurso o assunto está em pauta nos últimos anos de forma aberta, portanto o tema é pertinente e tem que ser amplamente discutido. Para muitos o uso industrial da maconha através do cânhamo ainda era surpresa. “Pior que todo mundo falou da questão da maconha e eu nem sabia que cânhamo era maconha. Nem sabia que tinha maconha na prova. Pareceu que o maconhado era eu”, disse João Pedro, 20 anos, tentando pela segunda vez o curso de medicina.

Enquanto o Brasil segue sem legislar especificamente sobre o assunto, outros países da América Latina fazem fortunas com a produção de cânhamo. Ao menos uma questão de prova pode levantar a dúvida: porque não explorar o produto sem o qual nosso país sequer teria sido descoberto?