Prisões relacionadas à Cannabis caem 46% desde 2010 no Reino Unido

As prisões por posse de cannabis na Inglaterra e no País de Gales caíram 46% nos últimos 5 anos (2010-2015). As advertências caíram 48% e o número de pessoas acusadas caiu 33% de acordo com dados das forças armadas.

Outros dados mostram que o uso da cannabis não diminuiu nesse tempo. Uma das forças que não mira mais nos usuários de cannabis disse que os oficiais foram “liberados” para fazer trabalhos “mais importantes”.

Mais ainda, eles dizem que todos os crimes reportados à polícia devem ser levados a sério, investigados e, quando apropriado, levados ao tribunal. Das 43 forças policiais contactadas pela BBC, 32 responderam com dados completos:

– prisões por posse de cannabis caíram de 35.367 para 19.115

– advertências por posse caíram de 9.633 para 5.036

– pessoas acusadas por posse caíram de 15.366 para 10.220

As prisões por posse com intenção de tráfico continuaram as mesmas – 4.934 em 2010 e 5.012 em 2015.

Em julho deste ano a polícia de Durham falou que não iria mais mirar ou investigar usuários de cannabis ou aqueles que estavam plantando a droga para consumo próprio.

 

“Loucura” da legalização

Essa pesquisa perguntou a pessoas entre 16 e 59 anos se haviam usado cannabis no último ano e os 7% que disseram que sim continuou estável entre 2010 e 2015.

Um usuário medicinal quando perguntado sobre a legalização se mostrou a favor tanto para o uso medicinal quanto para o recreativo. Sobre ser mais fácil para os jovens, ele disse que hoje em dia já é mais fácil que o álcool, que tem a venda regulada.

Já um ex-usuário de cannabis disse que ela lhe “roubou” 10 anos de vida e ainda o levou a experimentar outras drogas incluindo a heroína. Ele disse que seria loucura legalizar a cannabis.

Assim como aqui no Brasil, as opiniões da população divergem por seus mais variados motivos mas os dados não mentem. A cannabis não mata e não aumenta em nada a criminalidade. Acho que por aqui a polícia tem coisas mais importantes pra fazer também. Só falta o governo perceber.

 

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