por S. M. Hermes
Sou da geração que precisa de mais de um despertador pra acordar de manhã. Geralmente configuro dois horários diferentes – às vezes até três (pra garantir) – e ainda me atraso vez e outra. Antigamente isso não acontecia. As pessoas acordavam só com aquele alarme do rádio relógio que ficava ao lado da cama. São as necessidades do “mundo moderno”, da vida no século 21, condicionada ao extremo — é a Cannabis que me salva! E como diria o tio do Vonnegut: “Se isso não é bom, o que então será?!”
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Já fizeram mene das Barbies e Kens reclamando sobre o show do Roger Waters, por ele ter intitulado o Bozonazi de fascista. Quem não acredita que Jesus passaria o mesmo perrengue de dois mil anos atrás hoje em dia?! Eu acredito. Infelizmente, querendo ou não, o Hitlerzinho tropical representa tão bem parte da nossa sociedade que basta olhar o resultado do primeiro turno das eleições. É triste? É triste e é real.
“Gente tão inteligente que não dá para se acreditar, e gente tão idiota que não dá para se acreditar. Gente incrivelmente boa, e gente incrivelmente cruel. ” – Kurt Vonnegut, em Timequake (1996).
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Ao longo desses últimos anos fui gradativamente abandonando o Facebook, o Twitter, entre outras redes sociais. Todas são de fato viciantes e, muitas vezes, prejudiciais à saúde física e mental dos usuários. Ainda assim, decidi fazer uma conta pro meu pseudônimo, S. M. Hermes, no Instagram. Acredito na validade e importância das informações que ali podem ser divulgadas. As redes tem sido ótimas plataformas pra propagação de ativismos necessários na nossa sociedade, incluindo cada vez mais as minorias na pauta social. Espero manter um uso controlado, e que seja benéfico pra todos nós.
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Essa semana rolou uma operação no Rio que prendeu mais de vinte policiais. Eles extorquiam os traficantes em troca de proteção e facilitações das suas atividades criminosas. Nenhuma novidade, eu sei. É só pra seguir elucidando o quão falha, hipócrita e moralista é a política de guerra às drogas — que de efetiva não tem nada.
“Portanto, não há o mais leve mistério no fato de envenenarmos a água, o ar e o solo e desenvolvermos aparelhos cada vez mais engenhosos, tanto industriais quanto militares, que nos levem ao final dos tempos. Sejamos perfeitamente francos, para variar. Seria preferível, para praticamente todos nós, que o fim do mundo viesse logo.” – Kurt Vonnegut, em Timequake (1996).