Paga um Café para o Sargento?

O trabalho na repartição pública era tão careta que quase todos os dias ele aproveitava a hora do almoço para torrar um fino em uma praça do centro de Curitiba. Deu certo durante meses até a Guarda montar um bote certeiro.

A forma como ocorreu a dura nos leva a acreditar que o amigo paranaense já estava sendo monitorado pelos Tiras da região. Isso porque ele foi abordado antes mesmo de chegar no pico de sempre para acender o baseado que foi preparado em casa.

Ao se aproximar, o PM mandou a letra: “já sei que você veio aqui fumar e vai ser melhor entregar logo essa maconha”. Sentindo que o momento não era de negociação o amigo sacou o baseado do bolso e entregou na mão do Tira. “Estamos na sua cola há vários dias e sei que você é só usuário. Mas quero saber quem está vendendo maconha para você aqui no Centro.”

Sem entrar em detalhes ele explicou que a maconha foi comprada perto do bairro onde mora, com um sujeito que ele não sabe descrever como era.

Depois dessa enrolação, o policial percebeu a corda do crachá por baixo da camisa e pediu para o rapaz apresentar a identificação do trabalho. Ao perceber que era um funcionário público o Tira disparou: “Eu posso provocar a sua demissão por conta dessa palhaçada de ficar fumando maconha na praça. Mas como eu sou gente boa você pode ir naquele bar e deixa um “café de 50 para o sargento” que fica tudo resolvido”.

Depois de uma breve conversa o café caiu para 30 reais e tudo foi resolvido.

Relato de um leitor enviado para redacao@hempadao.com