Organização Mundial da Saúde reconhece erro na proibição da maconha

A proibição das drogas, na forma como conhecemos hoje, foi consolidada em convenções da ONU realizada na década de 60 do século passado. Quase 80 anos depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS), vinculada a ONU, finalmente dá os primeiros passos para reconhecer o erro que foi criminalizar a maconha ignorando os benefícios medicinais da planta.

Na semana passada um grupo de especialistas da OMS recomendou a retirada da maconha da Schedule IV, lista destinada a substâncias particularmente nocivas e com pouco uso medicinal. De acordo com a revista Forbes, o documento ainda não foi oficialmente formalizado, mas já está circulando entre os defensores da proposta.

Será recomendado que a maconha seus canabinoides sejam listados na Schedule I, onde se enquadram substâncias menos danosas e com propriedades curativas ou medicinais. No caso específico do canabidiol (CBD) que contiver menos de 0,2% de THC será recomendado que o mesmo fique fora das restrições do tratado internacional.

“O posicionamento da maconha no tratado de 1961, sem evidências científicas, foi uma terrível injustiça. Hoje, a OMS tem a oportunidade de corrigir um erro. Espero que a política não atrapalhe a ciência”, afirmou Michael Krawitz, veterano da Força Aérea dos Estados Unidos e defensor da legalização da maconha.