Objeto Apreendido!

Comprei, pela segunda vez, sementes de Cannabis na internet. Na primeira compra, elas chegaram; já na segunda, foram interceptadas pela PF em Curitiba. Claro que estou receoso quanto as possíveis consequências de tal ato, pois, de acordo com a lamentável legislação brasileira, posso ser considerado um traficante internacional — e, pasmem, mesmo não sendo! Pelo contrário, sou um usuário tentando evitar o tráfico.

por S. M. Hermes

Conforme pesquisei sobre problemas na importação de sementes, encontrei diversos relatos que me tranquilizaram. Conjecturei que, no máximo, vou ser intimado a depor, tendo que provar que sou usuário, que quero plantar o que eu consumo, e que isso não seja mais considerado crime pelo Estado. Enfim, seguirei fumando e plantando.

Inclusive, logo menos, vou estar fazendo a primeira colheita do meu grow. Como usei sementes auto florescentes, e ainda preciso fazer umas melhorias na infraestrutura, essa primeira colheita não vai render a quantidade ideal pro meu consumo — mas né, o que vier, vem bem. O primeiro passo é o mais crucial, depois dele, só vai.

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Estamos em 2018 e, no Brasil, ainda vivemos sob leis proibicionistas em relação a Cannabis, que se deram por motivos econômicos e políticos há quase meio século atrás. Acredito que existem problemas e necessidades de maior urgência para a sociedade do que a legalização da planta. Até porquê o mundo todo, através de pesquisas e estudos científicos, já sabe que ela devia ser amplamente legalizada.

Gente, é só maconha. Maconha é top, é coisa boa, “me deixa legal”, nos deixa legal!

“– Mesmo nesta escuridão, a esperança reluz outra vez. As estratégias de nosso Inimigo frequentemente se revertem a nosso favor. A própria escuridão amaldiçoada nos tem sido uma proteção. ” – J. R. R. Tolkien, em O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (1955).