O que pensam sobre a maconha, e outros temas tabus, os organizadores dos Protestos?

A Época nos tirou essa dúvida de suma importância. Quando a pergunta era sobre maconha  resposta foi simples: “Não faz parte da nossa pauta”, disseram os representantes do Vem Pra Rua e do coletivo Movimento Brasil Livre. A galera do Revoltados Online pareceu mais sensibilizada, mas não quis entrar no assunto: Maconha e direitos homossexuais também temos posições. Mas nosso foco é o governo federal. Cada dia é um escândalo novo, precisamos focar e não parar para que eles entendam o que queremos. Se pararmos para discutrir a legalização, o desarmamento, essas coisas, perdemos o foco.”

Quando o assunto é liberdades individuais essa galera da Direita tem opiniões desse calibre. Sobre o direito dos homossexuais os Revoltados  disseram não ter nada contra quem seja, mas não apoiam a ideia do “kit-gay” nas escolas. Já o Vem pra Rua e o Movimento Brasil Livre ambos defenderam que essa também não é uma pauta deles.

Em relação a legalização do Abroto nenhum dos três respondeu, quer dizer, a resposta foi: “não faz parte da nossa pauta”.Então quer dizer que três das grandes bandeiras dos movimentos de minoria estão sendo ignorados por quem está indo as ruas protestar contra… quem?

Contra a corrupção, mas então porque pegar somente o PT para cristo? Como se se tirássemos o poder das mãos do PT tivéssemos de pronta entrega um partido perfeito, incorruptível, e ainda ligado aos interesses que realmente revolucionariam a vida do brasileiro: melhora de qualidade de vida para o cidadão, investimentos pontuais em educação e saúde.

Quem vai às ruas defender volta dos militares quer ver nos noticiários mais e mais pessoas sendo presas. Mais e mais investimento na chamada “segurança pública”, que acaba acarretando mais investimento na guerra às drogas que mata inocentes, policiais e traficantes todos os dias. É claro que é preciso mudar, evoluir, construir uma nova história para esse país, mas na escuridão informativa muitos parecem não perceber que apoiar movimentos de cunho elitista e direitista é na verdade dar passos atrás e não a frente.