O que vai acontecer com a Marcha da Maconha quando a nossa erva for legalizada? Deve e precisa continuar existindo, caro leitor. Foi o que aconteceu no último sábado em Montevidéu, com a primeira Marcha com a erva regulamentada no Uruguai.
Além do ato político organizado por ativistas canábicos a prefeitura da capital uruguaia promoveu uma festa com shows de bandas locais de rap e reggae. Para o secretário, Rodrigo Arcamone, a participação governamental “tem a ver com as políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura e que estão vinculadas com a juventude”.
Lógico que a fumaça subiu tranquilamente por lá e a polícia apenas agiu para garantir a segurança dos manifestantes. Federico Marín, porta-voz do Movimento pela Liberação da Cannabis, declarou em entrevista ao Terra que a Marcha é uma oportunidade para promover e debater o uso consciente.
“Não apoiamos o consumo de drogas, mas o jovem que decida fazê-lo que saiba como consumir de um modo que diminua os danos pessoais e coletivos que possa causar. Essa é uma das tantas atividades culturais que apoiamos e onde está o aspecto da conscientização e da informação.”
Na nossa terrinha proibicionista a maconha continua proibida e a Marcha da Maconha precisa ser fortalecida como instrumento de luta pela legalização. Na maioria das cidades a realização da Marcha é o único dia do ano que temos para defender publicamente essa ideia. Confira se tem alguma por perto e escreva seu nome na história da legalização.
Deixe uma resposta