Notícias do Futuro: Brasil recebe seus primeiros Restaurantes Canábicos

O novo colunista do Hempadão tem o poder de fumar um e acessar as Noticias do Futuro. Enquanto aperta um, ele escreve na piteira a data certa do acontecimento. Hoje estamos em 29 de Novembro de 2029. E o relato a seguir corresponde ao noticiário da época:

A rede WeedFood chega ao Brasil com estabelecimentos em três cidades: São Paulo, São Tomé das Letras e São Luís foram as cidades escolhidas. A legalização da maconha abriu a possibilidade da chegada da culinária canábica, que já ocupa mais de quarenta  e dois países pelo mundo

Em cada lugar os pratos se adaptam à culinária local. Ainda não dá para saber como serão os cardápios de cada restaurante, já que a tradição é sempre ser diferente e muito louco: “A gente trabalha no avesso do padrão. Cada sede tem sua cara e sua personalidade”, disse John Tosh, gerente executivo da empresa. “Chegar no Brasil é a chance que temos de trazer maconha medicinal somada à excelentes experiências gastronômicas para um público de quase trezentos milhões de pessoas”, comemora.

As autoridades brasileiras estão preocupadas com o funcionamento do estabelecimento. No segundo andar o restaurante conta com uma zona zen com pick-ups e puffs. Nos estabelecimentos que já funcionam pela América Latina é possível reservar vagas para almoço, jantar, café da manhã e até madrugada da alegria. Os gerentes confirmam que todos os horários recebem bastante público.

Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros preferem o consumo da erva através da comida a ver pessoas fumando maconha nas ruas.

Anos após a descriminalização  da erva, a exigência da retirada da maconha da lista de substâncias proibidas ganhou coro e enfim consegue colher seus frutos. Sem restrição, nada impede que a marca norte-americana explore esse público. A previsão é que em janeiro de 2030 estas três unidades já estejam pegando fogo.

Toda maconha utilizada no processo de confecção dos pratos será importada e monitorada pelo rígido padrão de controle norte-americano. A entrada será permitida apenas para maiores de 18 anos e há limite individual de uma visita por semana. E aí, vamos lá?

Brasileiros não podem empreender

O tio da esquina não pode começar a fazer pasteis com THC para vender na feira. Regulação só permite que industrias, centros de pesquisa e estabelecimentos comerciais licenciados nos EUA.

“Não podemos liberar qualquer quantidade, ou produtos sem um padrão mínimo de produção”, argumenta John, enquanto ativistas da liberação dizem que é extamente o que acontece com diversas outras substâncias, porque não com aquela que nunca matou ninguém?

Para a segurança do usuário, por enquanto somente os gringos podem empreender e vender pratos de maconha livremente.

Lívia Marinelli é empresária do ramo alimentício e maconheira há 27 anos. Ela tentou abrir seu super mercado canábico, mas as barreiras burocráticas para o investimento nacional ainda são duras. “Viajei para Miami e vi o WallMary, quis abrir um semelhante mas não consegui. O licenciamento é estrangeiro e o processo é estressante. Mas aposto que qualquer dia eles deixam chegar a filial gringa”, manifesta a empresária.