Marcha da Maconha São Paulo 2013 – Multidão pela Legalização e a PM descendo o Cassetete!

Parabéns aos militantes da Marcha da Maconha de São Paulo! Enquanto os veículos de mídia tradicional dizem que a movimentação contou com nada mais que mil pessoas, as imagens que começam a pipocar na internet comprovam, cada vez mais, que esses jornalistas são mesmo ruins de conta (ou mal intencionados). Dá uma olhada só na foto abaixo e me diz se tem condição de ter somente mil pessoas ali. A Marcha de São Paulo cresceu e ficou muito mais bonita, com mais participação individual influindo na ação coletiva, novidades de shows e o implemento de blocos.

A polícia? Fez a parte dela até a hora que resolveu fazer parte do show. Agrediu jornalistas, heróis de cartoon canábico, advogadas e a todos mais que estiveram presenciando o corre-corre e empurra-empurra causando pela agressão sem pena do povo fardado. E soltando borrachada sem pena, a polícia mostra mais uma vez o quanto nossa causa é justa e legitima, provando o quanto somos marginalizados, nesses cinco anos de Marcha que cobrimos em São Paulo sempre alguém é agredido pela polícia. Esse é um paradigma que ainda precisamos e vamos quebrar. Marchar em paz é preciso.

Antes de começar a Marcha mais uma vez foi organizada aquele esquema de aulão com falas importantes como do professor Henrique Carneiro que, dentre outros pontos, levantou a importância de não se ter medo da repressão, da bomba de gás, da tropa de choque “lenta como um dinossauro”. Parte do discurso foi gravado pelo canal do Youtube Main AD, vale a pena ouvir:

O Coletivo DAR lembrou que se por um lado a Marcha foi madura, por outro a polícia mostrou mais uma vez falta total de preparo. Pelo menos três mulheres relataram agressões pelos brutamontes de farda. A advogada Carolina Freitas, que se aproximou tentando conversar com os policiais foi imobilizada e agredida nas pernas por cassetetes da polícia. A trágica cena está relata em sua conta no Facebook:

“Ontem eu apanhei covardemente de um policial militar que acompanhava a marcha da maconha. Eu me aproximei de um menino que estava sendo detido pelos policiais por portar um baseado, como advogada, cheguei perto para poder ajudar no que fosse necessário. Em vez de pedir pra que eu me afastasse, o policial me deu duas porradas com o cassetete na perna, pra eu cair e não me aproximar mais. Nessa semana cheia de marchas, em que se pesou tanto midiaticamente o direito à liberdade política e de expressão, importante dizer: a truculência policial em manifestações de rua é uma amostra discreta da violência a que estão submetidas cotidianamente as quebradas de São Paulo. Ontem estávamos na rua por esse motivo: a guerra às drogas impulsionada pelo Estado é uma guerra contra as periferias das grandes cidades, contra a pobreza. Persistiremos nas ruas enquanto o genocídio, a violência e a repressão sistemática continuarem persistindo contra os pobres e contra os pretos.”

Enquanto o Hempadão não teve tempo de soltar os nossos registros visuais da Marcha, vamos usar o conteúdo espalhado pela internet, como esse excelente vídeo do Jeferson Stader, que mostra o quão grandiosa e bonita foi a Marcha da Maconha 2013 em São Paulo, veja só e solte o grito todos os dias: “solte o usuário”!