Manga Rosa – Um strain do Brasil!

Manga Rosa

É um consenso entre fumadores da ganja que a Manga Rosa é uma variedade legitimamente brasileira. Mas será que ela é mesmo originária da América? A resposta é: não. Então vamos esclarecer qual foi a trajetória da planta e entender como esse tipo de maconha ganhou essa nacionalidade tupiniquim.

A maconha não é uma planta típica do continente americano. É sabido que a erva desembarcou aqui junto com os escravos, trazidos da África. A Manga Rosa é, portanto, uma variedade de origem africana, adaptada e desenvolvida naturalmente em território nacional, mais especificamente no nordeste brasileiro. Ela foi “descoberta” e ficou famosa mundialmente a partir dos anos 70.

É claro que o nome é uma referência direta à uma variedade de Manga muito famosa, homônima ao strain. O aspecto desta planta é, geralmente, repleto de folhas longas, finas e coloridos de um verde bem claro. Dependendo da temperatura, a coloração dos buds pode variar entre o rosa e o roxo, dando a característica perfeita para a associação entre flor e fruto.

Trata-se de uma genética 100% sativa. Planta de porte grande, que pode atingir facilmente mais de dois metros, se cultivada nas condições ideais. Por se tratar de uma variedade silvestre, acredita-se que ela requeira um pouco menos de cuidados especiais, afinal, são séculos de evolução ao natural, sem auxílio humano. O período de floração é longo, mas o rendimento pode mesmo ser fantástico.

O mais indicado para ela é um cultivo outdoor, sem dúvidas. E o resultado, se bem tratada, deve ser uma flor com cheiro e gosto de fruta, com efeito levemente energizante e de longa duração. Também, é claro, fumar uma variedade mitológica como essa é mesmo muita onda, não?!

Tais características chamaram atenção de caçadores de landraces do mundo inteiro. Com isso, a Manga Rosa se tornou famosa e até participou da cruza para gerar outras grandes strains de renome. Mas aí… já é história para outra edição. Até a próxima e bons fumos.

>>> Texto publicado originalmente na HEMPADA #00