Na última quarta-feira, 24/02/2016, o parlamento australiano aprovou a legalização da maconha medicinal. É mais um país que sai da lista dos proibicionistas e entra para a história.
De agora em diante, a cannabis tem seu plantio legal para fins medicinais e científicos.
“Essa é uma data histórica para a Austrália e para muitos ativistas que lutaram duro para acabar com o estigma que acompanha os produtos feitos de cannabis medicinal e agora os pacientes não são mais tratados como criminosos”, disse a Ministra da Saúde, Sussan Ley, que continua: “Essa era a parte que estava faltando no tratamento dos pacientes que agora vão ter acesso a produtos de cannabis medicinal feitos por produtores locais, da fazenda à farmácia.”
A decisão veio depois que um jovem de 25 anos morreu com câncer de intestino. Ele usava a maconha para aliviar a dor e náuseas antes de morrer. Sua mãe, Lucy, criou um grupo chamado United in Compassione fez uma petição para tornar legal o uso da planta. Antes da votação, o senador Richard Di Natale contou a história do jovem Daniel para iniciar a seção.
Ao final, ele agradeceu a aprovação da medida e também à Lucy, mãe do jovem, mostrando à ela que o sofrimento dela e da família não foi em vão e que seu filho deixou um legado no parlamento.
Outros pacientes elogiaram o governo pela atitude histórica. “Como uma sobrevivente do câncer, poderia ter usado a maconha para aliviar minhas dores, ansiedade, desespero, tristeza, preocupação, insônia, etc,” escreveu Narelle Reimers no Facebook.
Mesmo agora que a cannabis já pode ser plantada na Austrália, ainda não ficou muito claro quando as plantas estarão prontas para uso de pacientes com prescrição médica. Agora é preciso regulamentar os locais de produção, as licenças dos produtores antes da produção começar, de acordo com a United in Compassion.
A Ministra da Saúde, no entanto, lembrou a todos que as mudanças são apenas para uso medicinal e não afetam o uso recreativo da maconha, que continua ilegal.
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