A legalização da maconha está gerando um boom imobiliário nos Estados Unidos. De acordo com New York Times, traduzido no Estadão, em mais de duas dezenas de estados que legalizaram a maconha, “fábricas, armazéns e instalações” no geral estão sendo adaptadas para a produção em larga escala de cannabis medicinal e seus derivados.
Como o mercado da maconha é algo… digamos, especial, os donos dos imóveis tem cobrado taxas e ágios adicionais. Além disso, como a procura tem crescido, é natural que os preços do aluguel ou compra de imóveis vá subindo cada vez mais.
“Shoppings de rua e edifícios estilo Beaux-Arts foram readaptados como fachadas de lojas para a venda de baseados e produtos comestíveis à base de maconha”, escreveu o jornalista David Gelles.
Em alguns casos, o aumento nos aluguéis representou uma subida nunca antes vista, como crescimento de 50% em cinco anos (2010 a 2015). Há cidades em que o número de lojas de maconha é de até cinco vezes mais que lojas da Starbucks.
Imagina o potencial dessa bola de neve canábica aqui no Brasil. O Tio Sam está dando uma aula com a legalização progressiva da ganja e, no futuro, vão estar prontos para aplicar esses modelos comerciais em todo canto do mundo.
Há preocupação de que o crescimento exagerado dos preços possa gerar uma bolha. Mas aí isso já não é culpa da erva e sim dos destinos obscuros da economia. A explosão de uma bolha canábica certamente deixaria o mundo muito mais louco.