Legalização da maconha entra em vigor no Alasca

Droga só pode ser consumida em ambientes privados.
Repórter que se demitiu ao vivo foi uma das entusiastas de campanha.

Fonte: G1

Charlo Greene, ex-repórter de TV e dona do Alaska Cannabis Club, fuma maconha em foto do dia 20 de fevereiro (Foto: Mark Thiessen/AP)

O Alasca se tornou nesta terça-feira (24) o terceiro estado norte-americano a legalizar o uso recreativo da maconha, mas os defensores da legalização não esperam a realização de grandes celebrações, visto que permanece ilegal o consumo público da droga.

Na maior cidade do estado, Anchorage, policiais estão prontos para começar a distribuir as multas de US$ 100 previstas, para garantir que o consumo permaneça sendo feito entre portas fechadas.

Uma das envolvidas na campanha pela legalização foi a repórter Charlo Greene. Ela trabalhava em um canal de TV do Alasca epediu demissão ao vivo em setembro. Na época, ela soltou um palavrão no ar, e disse que fez isso com objetivo de trazer luz ao debate em favor da legalização da maconha no estado.

Greene, que trabalhava na emissora “KTVA”, um canal filiado à “CBS”, tinha terminado de apresentar uma notícia sobre o uso de maconha medicinal em Anchorage (Alasca), quando revelou que ela mesma era a proprietária do local.

“Dedicarei todas minhas forças em lutar pela liberdade e justiça, que começa por legalizar a maconha no Alasca. Para isso, não tenho mais alternativas do que deixar o programa. Estou indo embora”, disse ao vivo a jornalista.

Peter Lomonaco, co-fundador do Alaska Cannabis Club, acende cigarro de maconha de Charlo Greene, CEO do clube, em foto de 20 de fevereiro (Foto: Mark Thiessen/AP)

Peter Lomonaco, co-fundador do Alaska Cannabis Club, acende cigarro de maconha de Charlo Greene, CEO do clube, em foto de 20 de fevereiro (Foto: Mark Thiessen/AP)

Em novembro, os eleitores aprovaram a legalização com 53% dos votos a favor.
A medida entrou em vigor, entretanto, apenas nesta terça. A partir de agora, os adultos que vivem no estado podem não apenas consumir e ter maconha em sua posse, mas também podem transportá-la, cultivá-la e dá-la a outras pessoas.

Uma segunda fase do processo, que criará um mercado regulado e taxado, não começará antes de 2016.

Enquanto a posse de maconha não é mais um crime no estado, consumir a droga em público renderá mula de US$ 100.