Juiz autoriza repasse de maconha apreendida para pesquisa científica

Uma das muitas desgraças da lei que proíbe a maconha no Brasil é o impedimento da realização de pesquisas científicas com a cannabis. Felizmente, uma decisão ainda isolada do juiz federal Arthur Napoleão Teixeira Filho, autorizou o repasse de maconha apreendida à Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). 

O material será utilizado na tese de doutorado da pesquisadora Kátia Simoni Bezerra Lima. O projeto intitulado de “Desenvolvimento de fitoterápico anti-inflamatório em forma farmacêutica sólida à base de Cannabis sativa” necessitava do fornecimento de amostras vegetais (raiz e partes aéreas) da planta e agora, parece que vai conseguir isso. 

Para ter acesso a plantas oferecidas pelo juiz, a pesquisadora ainda precisa de uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Normalmente, as drogas ilícitas apreendidas de acusados de tráfico ou porte para uso pessoal ficam apreendidas até a conclusão do julgamento e depois são incineradas. 

Felizmente, desta vez a apreensão gerada por uma lei estúpida pode ter um destino nobre e ajudar no desenvolvimento da medicina canábica brasileira. O Hempadão deseja sucesso na pesquisa da professora Kátia.