Israel ambiciona ser o fornecedor mundial de medicamentos à base de maconha

Deu na Época Negócios que Israel está se aparelhando de forma absurda para assumir a produção de medicamentos a base de maconha a nível mundial. Na comparação entre eles e os EUA, um representante do Ministério da Saúde de lá fez uma comparação sinistra: “Nos EUA, eles usam a cannabis como se fosse a canja de galinha para quem está com gripe. Nós queremos entregar a planta em antibiótico”, vish… que guerra!

Mas até que faz algum sentido. Ao invés de ir no caminho de uma legalização medicinal mais voltada ao recreativo, como de fato acaba acontecendo com o Tio Sam, Israel está percorrendo a trajetória completamente guiada pelo aspecto medicinal da planta.

Hoje em dia já são 50 empresas produzindo remédios a base de maconha para diversos tipos de doenças. Mas a promessa é que outras 500 devam iniciar pesquisas em breve. Isso é um verdadeiro exército científico pronto para entrar em batalha.

E a cereja do bolo a Época retratou bem: “Nós temos remédios sofisticados, que devem entrar no mercado já no próximo ano”, diz Saul Kaye, presidente do iCAN, organização que reúne startups e pesquisadores com foco na cannabis. O ambiente para negócios na área é promissor em Israel. Além da agricultura desenvolvida, os cientistas contam com uma legislação flexível, que permite, por exemplo, realizar testes em humanos. Outro diferencial é um projeto de lei que legaliza a exportação dos produtos medicinais de cannabis. “A ideia agora é visitar outros mercados para mostrar nosso potencial”, diz Kaye. Nos planos, encontros com autoridades na América do Sul, incluindo Colômbia e Brasil.”, ou seja, estamos na mira.

Enquanto Israel e EUA combatem entre quem faz mais e melhor o medicamento que o mundo inteiro vai consumir, por aqui a gente ainda engatinha na prática de testagem de canabinoides. E o preço desse atraso vem na conta da exportação.