Governador da Flórida legalizaria a maconha medicinal

O governador republicano Rick Scott, do estado da Flórida, disse que assinaria uma nota que legalizasse strains específicos de maconha medicinal.

A câmara de vereadores aprovou a medida na quinta-feira, e a câmara de deputados deve aprovar na sexta-feira. As duas casas são controladas pelos republicanos.

“Sou pai e avô. Quero ter certeza que meus filhos e netos tenham acesso aos cuidados médicos que eles quiserem”, disse o governador republicano, que vai tentar reeleição este ano. “Se a medida passar, vou assiná-la”.

O tipo de maconha, que tem baixo THC (princípio psicoativo da maconha), é focado para ajudar quem sofre de epilepsia, assim como pacientes de câncer e aqueles com espasmos musculares ou convulsões e que não respondam bem a outras medicações, de acordo com o jornal “Miami Herald”. Crianças que necessitem também terão acesso aos strains.

O apoio de Scott à proposta veio como surpresa para muitos na Flórida, já que o governador disse em janeiro deste ano que não apoiaria um plebiscito, em novembro, para legalizar o uso medicinal da maconha através de emenda constitucional.

“Eu tenho uma grande empatia por pessoas que lutam contra doenças difíceis e eu entendo os argumentos a favor dessa iniciativa” ele disse em uma declaração para a CNN. “Porém, tendo em vista os terríveis efeitos do álcool e do abuso de drogas, eu não posso endossar o envio da Flórida para esse caminho e eu, pessoalmente, votaria contra”

Recentes pesquisas mostram um apoio forte de ambos os partidos em relação à emenda.

De acordo com uma pesquisa realizada em novembro pela Universidade Quinnipiac, 82% dos cidadãos da Flórida apoiam a legalização da maconha medicinal, enquanto 16% são contra. Dividindo por partidos, 87% dos democratas apoiam e 70% dos republicanos.

O uso da maconha medicinal já é legalizado em 21 estados e no Distrito de Columbia.

O antigo governador Charlie Crist, que desafia Scott este ano nas eleições governamentais como democrata, disse que apoia a iniciativa.

Leia a matéria original AQUI