Felicidade é mato!

A complexidade que a atual situação mundial aparenta, de guerras, injustiças, controles políticos e religiosos, etc., se dá em função dos milhares de anos em que a humanidade tem preferido o imperialismo, o fascismo, o controle absoluto ao invés de uma convivência de fato pacífica, harmônica e atualmente utópica.

Às vezes, mas só as vezes, as coisas parecem funcionar de forma surreal. Quando digo as coisas, leia-se a exótica, frenética e inigualável sociedade da qual somos habitantes. Imaginem só, a maconha é um dos grandes inimigos do Estado brasileiro ainda hoje, em pleno 2019. Em que mundo perfeito isso seria aceitável? Eu diria nenhum.

por S. M. Hermes

Nessa mesma época (século XXI) porém, nos contos de Isaac Asimov escritos no começo do século passado, a humanidade parecia muito mais perto do seu alvorecer do que agora. O problema dessa utopia não ter se tornado realidade são os interesses do sistema na exploração da mão de obra humana, assim postergando seu funcionamento. Enfim, nenhuma novidade (chorrisos).

Da mesma forma funciona a manutenção da proibição da Cannabis no Brasil, que carrega o esteriótipo de ser a droga de entrada para substâncias mais pesadas — comassim?! Bom, tendo seis milhões de anos de idade, conforme estudo na Vegetation History and Archaeobotany, creio que nossa gloriosa planta esteja acostumada até com os mais caóticos cenários como, por exemplo, o atual.

Devaneio aletatório

Ter nascido e sido criado na selva de pedra, para futuramente romper com a sociedade saindo em busca da natureza selvagem? Ou ter passado os primeros anos de vida em contato direto com fauna e flora quase intocadas pela humanidade, para depois tentar a sorte adentrando o bioma de uma cidade? Ambos grandes desafios no quesito adaptação.

Em Um Pouco de Ar, Por Favor! (1939), do George Orwell, o narrador da história viveu sua infância em uma zona rural no arredores de Londres, durante a Segunda Revolução Industrial. Quase trinta anos depois, ao retornar a sua cidade natal, ele é pego de surpresa pelos os impactos do “progresso”, que simplesmente acabou engolindo tudo: cidade e arredores.

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