Canadá: Conferência em Edmonton aborda a Maconha no ambiente de trabalho

Cerca de 150 empresas confirmaram interesse em conversar sobre testes e outros temas relacionados às drogas.

Os testes de drogas no trabalho podem se tornar bem mais complicados com o avanço da legalização da maconha. Com isso, cerca de 150 negócios de Alberta, uma província canadense, vão se reunir na capital Edmonton em uma conferência para discutir as ferramentas e estratégias acerca do teste de uso de drogas e outras relações entre a maconha e a atividade laboral, como empregados e empregadores dialogando sobre o uso seguro da substância e as violações aos direitos humanos nessa esfera.

Alison McMahon, fundadora e CEO da “Cannabis at Work”, explica que tem funcionários que chegam a ela com dúvidas, buscando informações para entender seus direitos e deveres relacionados ao assunto.

“Existem muitos empregadores que parecem não entender suas responsabilidades sobre abranger o lado dos direitos humanos, e estão demitindo pessoas ou sugerindo a elas que usem outros medicamentos, ” explicou Alison.

Ela afirma que um dos assuntos chave no local de trabalho é que não há um teste para medir prejuízo ativo, já que a maconha fica no organismo por muito mais tempo que o álcool.

Isso está colocando muitos empregadores em situações em que eles demitem um bom funcionário que usou cannabis no fim de semana mas não passa num teste de drogas na segunda-feira.

Earl Shindruk, presidente do seguro de saúde Optimax Solutions, diz que já viu muitos casos de funcionários que foram demitidos por uso de maconha e vão ao tribunal argumentando que seus direitos humanos foram violados.

“É um assunto muito delicado,” afirmou Shindruk.

“Não há teste específico sobre os danos causados ainda. Se messes testes, como saber que alguém está chapado? O álcool é 0,08 mas com a maconha, quem sabe o que deveria ser? ”

Alguns provedores de seguo se recusaram a cobrir a cannabis medicinal no passado porque ela não tem um número de idendificação da droga, mas isso não pode mais ser usado devido aos casos recentes.

Shindruk disse que a legalização da maconha recreativa, esperada nessa primavera do governo federal, só vai aumentar os problemas dos locais de trabalho.

“Está atingindo nossa indústria e, afinal, mais cedo ou mais tarde, todas as companhias de seguro terão que pagar reivindicações de maconha medicinal, ” disse ele.

“Eu sinto que nossos clientes precisam estar cientes disso, especialmente por questões de segurança. ”

Lauren Stheit é uma especialista de RH da King Accounting Solutions, que trabalha com clientes da área médica e ela diz que são muitas perguntas sobre cannabis no trabalho.

“O que me interessa ver é como a testagem será feita para isso. Obviamente, os procedimentos de testagem de álcool e drogas para empresas de petróleo terá que mudar, ” ela disse.

“É o fato de isso ser um assunto novo que deixa as pessoas nervosas e eu acho que a única maneira de se livrar desse medo é ser educado e nos educar como um negócio.”

A Conferência da Cannabis Medicinal no Trabalho será dia 10 de março no Shaw Conference Centre.

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