Brasileiro ainda não acredita no uso medicinal da maconha

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Não foram suficientes as dezenas de reportagens no horário nobre da televisão para convencer a população brasileira dos benefícios medicinais da maconha. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) em parceria com o Datafolha mostra a população bem dividida.

Apenas 27% concordam plenamente com a liberação de medicamentos feitos com maconha. Outros 13% concordam parcialmente. O grupo dos que discordam corresponde a 44%. Os que não sabem avaliar são 6%. De acordo com o levantamento, 56% dos entrevistados são contra a liberação da venda de maconha in natura para uso medicinal.

Foram entrevistadas 2.162 pessoas, pessoalmente, em 134 municípios de todas as regiões. A aprovação ao uso do canabidiol é maior entre os mais jovens e com mais acesso à internet. Na faixa dos 25 aos 34 anos, 56% aprovam o uso. Com o avanço da idade, a porcentagem cai até chegar a 31% a partir dos 60 anos.

“De modo geral, o brasileiro desconfia da evolução da ciência e de novas drogas. É como se ainda estivéssemos na Revolta da Vacina”, diz. Quando se trata de um composto derivado da maconha, o preconceito aumenta porque as pessoas o associam à criminalidade,” diz Marcus Vinicius Andrade, diretor de pesquisa do ICTQ.