por Marcus Tamujo
O plantio da Cannabis para fins de pesquisa e tratamentos medicinais deve ser regulamentado em 2018 no país. A previsão, de acordo com informações do jornal “O Globo”, é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.
Jarbas Barbosa, diretor-presidente da Anvisa, afirmou ao jornal que o preço ainda é o principal impedimento para o acesso à terapia com a planta, que não é oferecida pela rede pública nem pelos planos de saúde. Essa situação é o que tem agilizado o processo de regulamentação do plantio da Cannabis para uso científico e medicinal.
“As regras vão garantir a padronização e a qualidade da Cannabis plantada domesticamente e possibilitar que instituições públicas e privadas cultivem e desenvolvam medicação à base de plantas proscritas no Brasil”, disse Barbosa.
Desde 2014 a Anvisa vem efetuando alterações e autorizando o uso da Cannabis para fins medicinais. Conforme a sociedade avança, evoluindo as leis que tratam das drogas, também podemos perceber o quão retrógrado é nosso sistema político atual. Mesmo assim, esse é mais um grande passo em direção ao ideal: a total legalização do uso da Cannabis, seja científico, medicinal ou recreativo.
A caminhada é longa e requer dedicação. O sistema funciona interligado por diversas engrenagens, portanto são vários os fatores que determinaram e ainda determinam o modo com que os brasileiros encaram o uso da Cannabis. E o processo de reestabelecê-la como algo aceitável pela maioria é lento e burocrático, porém já pode ser tido como real e concreto.
A completa legalização da Cannabis ainda é um futuro distante, uma utopia. Até lá, é necessário todo um trabalho de reeducação e conscientização da sociedade em relação ao uso de drogas em geral por determinados indivíduos. Isso para que o status quo da Cannabis — que atualmente é encarada como tabu pela grande maioria — seja modificado e possamos todos desfrutar livre e tranquilamente de todas propriedades que a planta oferece.