Atletas podem fumar Maconha na Rio 2016?

Os testes antidoping são sempre uma preocupação para qualquer atleta. Mesmo se o atleta compete e vence alguma modalidade, ele pode ter sua vitória anulada se testar positivo para algumas substâncias. A maconha, até pouco tempo, estava entre elas. Agora não está mais.

Com a legalização abrangendo cada vez mais cidades e países, fica difícil manter a planta na lista de substâncias proibidas onde consta apenas desde 1999. Então qual serão as regras usadas em relação à maconha durante os jogos olímpicos Rio 2016?

Por sorte, a atitude em relação à maconha na cena olímpica progrediu um pouco nos últimos anos. Embora a cannabis ainda esteja na lista de substância proibidas, uma alteração foi feita pela WADA (World Anti-Doping Agency – Agência Mundial anti-doping) em 2013. Eles aumentaram o limite de maconha permitido no sistema de um atleta. Hoje, a quantidade aceita é de até 150 nanogramas de THC por ml de sangue.

Isso significa que, desde que o atleta não apareça aqui no Brasil chapado ou fique chapado durante os jogos, nada vai acontecer com ele.

Em 2013, Bem Nichols falou ao USA Today em nome da WADA que essa atualização nas quantidades se deu com a intenção de desqualificar apenas aqueles atletas que fumam pouco antes ou durante a competição. As regras não proíbem nenhum dos atletas de usarem cannabis fora do evento.

“As informações que temos sugerem que muitos casos não envolviam consumo no dia do jogo. O novo limite é uma tentativa de assegurar que o uso durante a competição é detectado e também assegurar a não-utilização semanas antes da competição,” afirmou Nichols.

Mas por que as autoridades olímpicas se preocupam com a maconha?

Em 2014, o Dr. Richard Budgett, diretor médico do Comitê Olímpico Internacional, citou os três critérios que podem incluir uma substância na lista proibida. São eles: qualidades que melhoram a performance, fatores de risco à saúde e se vai de encontro ao espírito esportivo. Em relação à maconha, Budgett disse que “é, pelo menos 2 desses: prejudicial à saúde e contra o espírito esportivo.”

No entanto, essa política atualizada em relação à maconha é o resultado de uma quente negociação entre os membros do comitê que não consideram a maconha uma droga que melhora a performance e aqueles que, como o presidente da comissão médica do COI, Arne Ljungqvist, acreditam que “sim, a maconha pode ser um estimulante de melhora de performance. ”

Conclusão, o comitê olímpico agora controla a maconha como o álcool. A lista de sustâncias proibidas fala que o álcool é banido “somente durante a competição” em vários esportes.

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