Postagens anteriores aqui!
Quando a DuPont nos garante que graças a ela teremos “Vida Melhor Através da Química” não nos diz que esse estado de coisas durará apenas 100 anos, findos os quais todo o planeta morrerá em seu benefício.
A Inglaterra e a Holanda aprenderam a tratar os utilizadores de substâncias ilegais como seres humanos — mantendo-os abastecidos com quantidades suficientes de medicamentos de modo a não perturbarem as atividades dos outros. Esta política, que permite a essas pessoas levarem vidas de outro modo produtivas e normais, está agora firmemente implantada, é eficaz e popular naqueles países. Em 1990, a Suíça deu início à sua própria experiência de tolerância localizada do uso público de drogas.
Quando o governo suíço tentou, em 1997, recriminalizar a cannabis através de um referendo, perdeu por 79% dos votos.**
Sendo assim, por que é que pacíficos cultivadores e utilizadores de cannabis devem ser cadastrados e perseguidos como se de criminosos crónicos se tratasse, enquanto 35% de todos os roubos e assaltos são cometidos por toxicodependentes, 40 a 50% dos assassínios, violações e mortes na estrada se relacionam com o álcool,* e é mais fácil encontrar heroína nas prisões do que na rua? Acresce ainda que, estatisticamente, os índices de crime e violência dos utilizadores de cannabis são idênticos ou inferiores aos do conjunto da população não fumadora de cannabis.
* Estatísticas do FBI, 1996.
**Março de 2001: a Suíça prepara-se para descriminalizar não só o consumo mas também a produção de cannabis, ultrapassando a Holanda em termos de liberalização das leis antimarijuana, (N. do T.)
De fato, abstraindo o uso da cannabis, se retirarmos da equação a máfia e os traficantes de heroína e outras drogas, reduzimos 80% do crime não relacionado com o álcool. Como exemplo direto, o índice de assassínios subiu constantemente durante a era de proibição do álcool, os “Loucos Anos Vinte”, baixando então todos os anos durante os dez anos seguintes à anulação da proibição em 1933. *
* Estatísticas do FBI
Devemos encontrar outra forma de lidar com o uso de drogas, ou estarmos preparados para uma continuada erosão exponencial das nossas liberdades, incluindo os direitos à livre expressão, ao debate público e a uma comunicação social livre, incluindo livros e canções.
Aceite-se o fato de virtualmente todo o crime relacionado com drogas decrescer se tratarmos os toxicodependentes e utilizadores em vez de os retirarmos da sociedade. Devemos ajudá-los, educá-los e encorajá-los a serem financeiramente produtivos.
O OnJack publica, semanalmente, trechos da tradução do livro de Jack Herer, The Emperor Wears no Clothes.
Deixar um comentário