Antes tarde, do que mais tarde

por S. M. Hermes

Se não me engano, escrevi pela primeira vez sobre ter começado a plantar por meados de março desse ano, e a plantar de fato comecei em fevereiro. Falando nisso, completou um ano essa parceria com o Hempadão. Nesse último final de semana, finalmente, fumei as primeiras flores provenientes da minha primeira colheita — antes tarde, do que mais! Pra controle, segue um registro do acontecido.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal decidiu que dois indivíduos não deveriam ser processados pela importação de pequenas quantidades de sementes de Cannabis — um comprou 15 sementes e o outro 26. Ainda assim é pouco, queremos mais, queremos plantar essas sementes, queremos flores, queremos paz!

Acredito e imagino um futuro onde as letras do Planet Hemp, banda carioca dos anos 90, sejam vistas como retratos de um passado sombrio e distante, mesmo que atualmente elas ainda descrevam o presente e a realidade de muitos brasileiros. Inclusive, a última coluna do Hempadão na CartaCapital, intitulada de “A proibição da maconha é racista”, explica bem o cenário brasileiro em relação a gloriosa erva.

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A candidatura do Fulano ou do Ciclano, é basicamente indiferente pra plena continuidade da vida dos indivíduos de classe média e alta, ainda mais homens, héteros e brancos. Todavia, pras minorias o candidato eleito faz toda diferença, pode até mesmo representar a vida ou a morte de determinados grupos, como por exemplo, LGBTQIA+, populações negras e periféricas, mulheres, etc. Então, votemos com empatia, visando um país com menos desigualdade, não o contrário.

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E conforme o diz o título, comecei a olhar a série Orange Is The New Black (2013), que é da mesma criadora do Weeds (2005), a norte-americana Jenji Kohan. O estilo, alguns atores e a qualidade são bem semelhantes com Weeds — quiçá, a melhor sitcom canábica. Enfim, é sempre bom descobrir coisas novas que são boas.