A Paz Está Longe de Casa!

A erva entrou na minha vida como droga cotidiana ainda no ensino médio. Reuníamos “a esquadrilha da fumaça” para fumar uns baseados pelos bairros e praças da cidade, sempre atento para não tomar enquadro, explanando muitas vezes, pois em Osasco há muitos maconheiros.

Eu tentava esconder da minha mãe (pois ela é contra a maconha, e alienada aos grandes mitos, infelizmente). Ela acabou descobrindo que eu usava a cannabis, e eu decidi que não ia me esconder, pois desde que eu havia começado a usar já tinha conseguido um emprego e uma vaga em uma faculdade federal, não vendo assim nenhum regresso em minha vida.

Ela acabou por descobrir e eu não fiz questão de esconder. Defendi a planta tentei convence-la de que a erva tem inúmeros benefícios, que tem maneiras melhores de consumir e até de como a “maconha growroom” tem mais qualidade que a “maconha prensada”. Porém, ela acredita que a maconha é porta de entrada para outras drogas e sempre discutíamos. Ela acabou não aceitando e fui discriminado por boa parte da minha família.

Eu sei que a maconha é plausível de vicio assim como qualquer outra substancia , muitas delas causam disfunções em nosso sistema central fazendo liberar hormônios como endorfina ou ao utilizar alguma substancia como o THC ou outros canabinóides, isso pode causar dependência ,assim como usar cigarro, cocaína, café, chocolate, também pode, a questão é ter-se consciência e “usar com moderação”.

Um dia cansei de tudo isso e resolvi transferir minha faculdade para outra cidade. Me mudei, e estou aqui desde Fevereiro, e não me arrependo. Sinto falta de casa, da mordomia e do abraço que só mãe dá, mas com isso aprendi a ser mais independente, pagar minhas próprias contas, minha própria erva, no meu próprio aconchego.

Relato de um leitor enviado para redacao@hempadao.com