Quem é ativista de longa data da Marcha da Maconha de São Paulo sabe que polícia costuma marcar presença com centenas de fardados na manifestação. Mas em 2014 foi diferente. Com aproximadamente 20 ou 30 policiais acompanhando 15 mil defensores da legalização, nosso ato foi pacífico do início ao fim, bem diferente da chuva de bombas de 2011 e dos tumultos que ocorrem nos demais anos.
Mas por que começar falando da polícia? Esta Marcha deixou claro que o tumulto ocorre quando polícia se prepara e faz por onde isso acontecer. Parece surpreendente mas o fato é que 15 mil pessoas caminharam quase 3 km sem nenhum (zero mesmo!) registro de briga, tumulto ou depredação. No máximo irritamos uma meia dúzia de reacionários que observaram nosso ato com a cara feia.
Na frente da Marcha, segurando a faixa, estavam pacientes e famílias beneficiados com o uso medicinal da maconha. A demanda desse grupo não pode esperar a morosidade da política parlamentar e de agências estatais. Estavam lá pedindo respeito à saúde de quem encontrou na cannabis a cura ou uma melhor qualidade de vida.
Outros grupos marcaram presença: a ala da esquerda canábica, dos cultivadores, a psicodélica, do movimento estudantil e os membros da Primeira Niubingui Etíope Coptic De Sião, carregando a bandeira difundida pela camarada Ras Geraldinho.
Linda do início ao fim, a Marcha da Maconha de São Paulo ganhou mais um espaço de destaque na história da luta pela legalização no Brasil. O maio verde nem começou e tem muita coisa para acontecer!
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