A Cannabis Cup é o evento mais famoso do universo canábico, organizada pela revista High Times, a publicação cannábica mais popular do mundo. O evento reúne apreciadores e investidores em torno da plantinha mais amada e perseguida da história da humanidade. Ou seja, ir à Cannabis Cup é o sonho de qualquer maconheiro!
A minha primeira Cannabis Cup foi também a primeira edição da copa em Sacramento, a capital do estado da Califórnia que recebeu o evento no centro de convenções e exposições da cidade. Na opinião dos californianos, o evento foi um marco na história da luta e sucesso obtido esse ano com a legalização do uso recreativo nos Estados Unidos.
Já na fila do estacionamento podíamos ver que todos os carros tinham fumaça saindo pelas janelas! Chegando dentro do parque de exposições tivemos o privilégio de sermos recepcionados por Eliza Maroney e Luke Maroney, proprietários da @luckybox e Bia Edwards
@ganjahousewife, relações públicas da fazenda Leprechau, além da equipe da fazenda Sugar Leaf @sugarleaf que também estava no stand da lucky box fazendo demonstração gratuita de dab de vários strains diferentes.
Eliza nos recebeu com refrescos feitos com syrup de CBD, nos sabores de limonada, morango e amora. Bia trouxe logo um baseado já apertado, os famosos pre-rolled (baseados que são vendidos já apertados) e mais garrafas de água mineral com CBD. (Vale destacar que não tinha uma gota de bebida alcoólica em todo o evento!)
O ambiente da feira era muito leve e divertido, todos fumando à vontade e pra hora da larica podíamos contar com alguns rangos nos food trucks estacionados dentro do evento. Alguns stands de artistas plásticos também atraíam o interesse da galera, além das tendas de
moda com estampas canábicas.
Todas as maiores companhias internacionais do ramo fumacêutico marcaram presença na Cannabis Cup de Sacramento. Os stands eram muito variados apresentando desde cigarros
eletrônicos até fertilizantes para as plantações, bolsas de tecido feitos de cânhamo, além de todos os utensílios básicos como sedas, pipes e bongs de todos os tamanhos. Infelizmente não encontrei um mapa do evento para que a gente pudesse se orientar. Conversando com Bia Edward perguntei sua opinião sobre a disposição dos stands e a organização, baseada na experiência que ela tem como expositora em Cannabis Cups anteriores, ela acentuou que a divisão dos stands poderia ser organizada em vilas e que isso orientaria os visitantes para
suas áreas de interesse.
Ao fim de um lindo dia de sol, um entardecer com aquele céu vermelho na Califórnia, que mais me parecia um sonho, num evento bonito, pacífico e alegre tivemos o prazer de assistir um
show da Lauryn Hill. Foi particularmente um dia muito especial pra mim, porque meu marido estava comigo no que foi a primeira cannabis cup dele também. E foi pessoalmente um tipo de confirmação de que eu tava na hora certa e no lugar certo, assistindo de perto essa grande revolução, por um direito simples, pedindo a justiça calma do que a gente só quer plantar, colher e quer fumar. Eu desejo essa liberdade pros meus irmãos, pros meus pais. Num futuro próximo… quem sabe, uma Copa Cannabica realizada pelo Hempadão… Jah Jah Bless!
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Esse texto foi escrito por Fernanda Bernardes, publicado originalmente na revista HEMPADA edição #14, de Junho de 2018.
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