Tem gente que ainda não engoliu essa história dos defensores da legalização terem o direito de levantar a bandeira da erva em espaços públicos. Em Fortaleza, 23 dos 25 vereadores aprovaram uma moção de repúdio a realização da Marcha da Maconha na capital cearense, que rolou no dia 26 de maio. Apenas o líder da oposição, Guilherme Sampaio (PT), votou contra.
O autor da proposta, vereador Adail Júnior, é do PV, um partido que defende a legalização da maconha no seu estatuto. “Na minha concepção isso é uma apologia à droga e não motivo para puxar uma defesa da maconha. Poderíamos fazer marcha contra a maconha, o tabagismo, aí eu concordo”, disse o nobre vereador.
O Coletivo Plantando Informação não deixou barato e lançou uma nota atacando a atitude pouco democrática dos parlamentares que tentaram desqualificar um debate legítimo e necessário.
“Os vereadores preferem optar pelo discurso da ignorância, do preconceito, da intolerância, da guerra, do fracasso. Os vereadores que votaram contra a Marcha da Maconha, afirmaram com isso o seu descompromisso com o respeito à diversidade, cidadania e os direitos humanos na elaboração de políticas públicas e leis sobre drogas”, diz a nota.
Para o eleitor de Fortaleza copiamos abaixo a lista de votação da moção de repúdio aprovada pelos vereadores:
A favor: Aonde É (PTC), Antônio Henrique (PTN), Bá (PTC), Benigno Júnior (PSC), Capitão Wagner (PR), Carlos Mesquita (PMDB), Cláudia Gomes (ptc), Deodato Ramalho (PT), Didi Mangueira (PDT), Adelmo Martins (PR), Eulógio Neto (PSC), Fábio Braga (PTN), Gelson Ferraz (PRB), Joaquim Rocha (PV), John Monteiro (PTdoB), Leonelzinho (PTdoB), Mairton Félix (DEM), Marcos Aurélio (PSC), Paulo Diogénes (PSD), Professor Elói (PSB), Vaidon Oliveira (PSDC), Wellington Saboia (PSC) e Ziêr Férrer (PMN).
Contra: Guilherme Sampaio (PT)
Abstenção: Evaldo Lima (PCdoB)