Vai uma Cachça com Raiz de Maconha?

O causo da “cachaça de maconha” é o assunto do momento nas ruas (e principalmente nos bares) da lendária cidade Cabrobó, a mais famosa do Polígono da Maconha pernambucano. A garrafa “Pitúconha”, feita com raiz de cannabis, pode ser encontrada no comércio popular por 30 reais. A dose custa apenas 1 real.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo um servidor municipal de Cabrobó explicou que as raízes que sobram das operações policiais de erradicação dos pés de maconha são vendidas os produtores de cachaça. Um saco de 30 kg sai a R$ 100. “Já virou souvenir. Tem um pessoal do banco que compra de carrada. O pessoal tem muito interesse de conhecer. Houve até um leilão na capital. Saiu por R$ 200″, afirma.

A própria Polícia Federal está encontrando dificuldades de criminalizar o comércio desta iguaria devido a baixa concentração de THC que existe nas raízes. “Se você for levar ao pé da letra, seria crime [a comercialização da raiz e, consequentemente, da bebida] porque tem o princípio ativo. Só que a concentração é baixíssima. É uma questão que ainda não se tem uma posição definida”, afirma Carlo Correia, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal em Pernambuco.

A única certeza de ilegalidade está no rótulo, com a utilização da marca Pitú, que não tem relação com a versão canábica de sua cachaça. Em comunicado a empresa alertou que “tomará todas as medidas cabíveis contra a violação dos seus direitos de propriedade intelectual.”

Ficou com vontade de experimentar? Nossa dica é embarcar no primeiro ônibus rumo a Cabrobó antes que a Pitúconha vire apenas uma história da cultura popular local. Mas se o cabra for realmente corajso, “em nome da paz e da lombra” ele bebe essa aqui: