Uma Conversa com o Autor da Maconha Brasil

Atençao você que se sintonizou aqui no Hempadão e pra não perder a viagem lá vai sua larica informativa: conversamos com Sérgio Franco, o responsável legal pela chamada Maconha Brasil, a nova revista brasileira sobre… nosso assunto favorito! Ela tem distribuição gratuita e a número um já está rolando por aí, fique atento! Veja só como nascer e está se desenvolvendo esse projeto:

1) Então Sérgio, qual é a dessa MACONHA?

Sérgio – Beleza! Então, essa é da boa! A MACONHA vem mais pra estabelecer questionamentos do que pra responder determinadas questões em si: – Já é viável no Brasil a circulação deste formato de publicação (de distribuição gratuita) já existente em diversos países do mundo? – Onde estão os erros e acertos das publicações já desenvolvida no Brasil? São essas perguntas que objetivamos responder testando a MACONHA na população e é em cima delas que pretendemos fazer a MACONHA crescer de modo seguro.

Um mercado com empresas ou desenvolvidas, ou em desenvolvimento, no ramo é fundamental para a viabilização deste formato editorial embora na edição #2 a gente já tenha representantes de outros segmentos que se sensibilizam com a nossa luta, que é antes demais nada uma luta por um país com menos violência, menos corrupção e mais justiça social. A própria gráfica onde a RMB foi rodada é um desses novos anunciantes. Foi incrível receber o telefone do proprietário da gráfica dizendo que leu toda a edição #1, que adorou o conteúdo e que quer uma página inteira de propaganda na edição #2. Isso vindo de um editor (a gráfica também é editora) foi muito interessante indicando que a publicação tem sido vista de modo positivo mesmo pelas pessoas que não participam diretamente dessa “briga”.

2) A que você atribui esses resultado?

Sérgio – Bom, talvez a que a nunca deva julgar uma revista pela capa né? O que a RMB tem de “pesado”, ou seja, o nome MACONHA, apresenta de coerência em seu interior. Um de nossos colunistas participou ao lado do advogado André Barros, de um debate estilo “pinga fogo” com segmentos antiproibicionistas na OAB de Niterói dias desses. Tudo que vai passar pela OAB tem seu conteúdo anteriormente analisado e só então recebe autorização do presidente da Ordem para circulação. Submetemos a publicação para sua apreciação e a MACONHA foi autorizada a circular e ser distribuída no salão nobre da casa durante o debate. Novos tempos…

3) O nome da revista tem despertado algum tipo de reação contrária?

Sérgio – Aí que está, muito pelo contrário. Esse nome carrega muita força, muita energia. É essa força que tem nos impulsionado a penetrar facilmente em segmentos que ainda não são percebidos dentro desse filão editorial brasileiro. Surf, skate e até uma casa de shows estão entre os novos anunciantes o que permite que agora tenhamos mais páginas e quem sabe um pôster central. Quem entende de maconha sabe, tem que começar no fininho mesmo…colocar os pés no chão e só então aumentar a dose, senão já sabe: dá teto preto!

HEMPADÃO 34) Como funciona esse plano de crescimento?

Sérgio – Simples! As lojas anunciam e assim recebem parte da produção. Assim, esse anunciante entra no mapa da MACONHA(que estará em breve no site) direcionando as pessoas da região até os pontos de distribuição. Assim o cliente faz uma visita à firma, conhece o pessoal da loja e os produtos criando-se um network bacana entre nós, as lojas e o público, todo mundo recebe a MACONHA e fica feliz! A RMB também é distribuída em marchas, shows e eventos que mantém relação com a erva: é uma injeção de TCH na veia!

5) Alguma novidade sobre a segunda edição pode ser adiantada pros leitores da Hempada?

Sérgio – Lógico. Uma satisfação enorme poder conversar com vocês que além de anunciantes são amigos de longa data. Toda a equipe da MACONHA acompanha diariamente o HMPD e tem muita consideração pelo trabalho de vocês que tem profissionalismo com caráter irrepreensível.

Nossa segunda edição trará além da continuação das colunas de ativismo que agora vem com o “Planta na Mente” em foco e uma outra grande figura envolvida na causa há muitos anos, a coluna do Dr. Pot que terá sequência. Esse nosso colunista sobre maconha medicinal tem tido problemas para “receitar” sua medicação no Brasil uma vez que seu diploma da Califórnia não está sendo bem visto pelas autoridades responsáveis pela saúde (ou pela falta dela ) no Brasil. Porém ele continuará escrevendo sobre as propriedades benéficas da erva na prevenção e mesmo na cura de inúmeras doenças. A contratação do jornalista Andrew Costa(colunista e designer) que tem ampla experiência no ativismo no Rio de Janeiro (atua no Coletivo Cultura Verde e marcha da Maconha de Niterói) também vai ampliar os horizontes da RMB, uma vez que ele possui muita desenvoltura na esfera política da causa. Foi uma feliz aproximação que nos deixou muito felizes.

6) Uma vez colocadas essas observações, o que então a MACONHA oferece de novo em relação às publicações que já rolam no país?

Sérgio – A revista tem foco no ativismo brasileiro como eu coloquei anteriormente. Não é uma revista sobre cultivo, por exemplo, embora ele possa eventualmente constar de nossas edições futuras. Ela procura mesmo é motivar as pessoas que recebem a MACONHA a se levantar e ir ao encontro daquilo que elas esperam de mudança nas leis e no mundo. Como diz um amigo meu: “a nossa mudança é a mudança do mundo” e o leitor pode sim ser um agente catalisador desta transformação. O feedback da galera tem sido muito positivo nos indicando que estamos fazendo a coisa do jeito certo.

7) Algum recado para os leitores?

Sérgio – Procurem MACONHA em sua cidade. Caso não encontrem, perturbem o dono da tabacaria ou aquele maluco da loja de surf e diga pra ele: EU QUERO MACONHA! Garanto que a gente dá um jeito de levar a publicação pra lá e assim, deixar o Brasil todo cheio de MACONHA que é o que as pessoas precisam pra abrir suas cabeças com novas ideias e novas soluções pra um país mais tranquilo, com menos preconceito e mais saúde e educação. E na falta da MACONHA, continue no Hempadão que é um veículo legítimo de informação canábica onde escrevem vários ícones do movimento como Sérgio Vidal, nosso amigo de outros carnavais. Obrigado pela oportunidade e até mais.