Entre um pé de alface e outro de couve, brotou um pé de maconha na Horta Comunitária do Centro Referência de Assistência Social (CRAS) de São José dos Pinhais, em Curitiba. A Guarda Municipal achou, retirou a planta e levou para a Delegacia Regional de Polícia Civil do município.
A denúncia foi feita por uma funcionária da Horta que percebeu a planta de formato diferenciado e chamou a polícia. A pergunta que não quer calar, é: será que a planta ameaçou a mulher, fez alguma coisa contra ela, ou em algum momento a ofereceu perigo?
Se era um vegetal desconhecido da horta porque ela simplesmente não o arrancou e matou, como uma “erva” daninha qualquer? A maconha precisa ser arrancada da terra por forças policiais? No reino das plantas a Cannabis é bronca mesmo então… nem o humano se mete com ela, precisa chamar os canas.
Evidentemente ninguém foi preso, mas deu tempo de registrar o pitoresco, o diferente, o “nunca visto”, ou raramente, pelo menos… um pezinho de maconha no meio da horta. A polícia fez a foto, essa da matéria, antes de matar, lógico.
Isso sim é uma verdadeira horta comunitária! Quem quiser pega o alface, quem preferir leva um camarão. O pé de maconha não estava fazendo mal aos outros habitantes da horta, então porque o estardalhaço? Foi só uma semente que caiu e cresceu. Podiam dar glórias ao invés de chamar a polícia. Mas sabe como é, né…
Sonho com o dia em que a funcionária vai ligar para polícia e dizer: “tem um pé aqui… de maconha!”, e do outro lado o agente do estado vai falar: “Se a senhora não quiser essa planta no seu jardim basta cortar e jogar fora”, afinal de contas, não precisava nem foto, nem notícia, nem deslocamento de Guarda… contra um pedação tão fascinante de natureza.