Thiago Silva do UFC defende uso de maconha: ‘Não bebo, gosto de fumar’

 

Fonte: SPORTV

O brasileiro Thiago Silva volta ao octógono no próximo dia 8 de junho, no TUF Brasil 2 Finale, em Fortaleza, após cumprir três meses de suspensão por ser flagrado por uso de maconha no exame antidoping em sua última luta, uma vitória sobre Stanislav Nedkov no UFC Macau, em novembro do ano passado. O resultado foi anulado e o lutador paulista se comprometeu a passar por um programa de desintoxicação antes de ser aceito de volta no Ultimate. Agora, às vésperas de enfrentar o compatriota Rafael Feijão, o peso-meio-pesado diz que aprendeu a lição e parou de fumar a droga.

Isso não significa, porém, que o lutador da equipe Blackzilians concorda que os exames antidoping incluam este tipo de substância, ou com as punições atribuídas ao seus usuários flagrados nos testes. Para Thiago Silva, a maconha não deveria ser tratada como drogas de melhora de rendimento como esteroides anabolizantes e não passa de uma droga recreativa.

 

– Sabe, é muito complicado falar disso. Muitos caras gostam de beber. Eu não bebo, gosto de fumar. Não fumo mais, porque realmente não posso (por conta da carreira), mas eu gostava muito porque me ajuda a relaxar. Não é uma droga como todo mundo diz. Na verdade, é legal na Califórnia, sabe. Para ser sincero, não acho que é justo, porque não muda sua performance dentro do cage – disse, de forma muito franca, o lutador, em entrevista ao site de BJ Penn, ex-campeão do UFC.

Na Califórnia, a maconha não é legalizada, como Silva declarou, mas seu uso terapêutico é permitido mediante receita médica, assim como em outros 17 estados americanos, incluindo Nevada, estado onde o UFC está sediado. Recentemente, dirigentes da organização sugeriram à comissão atlética local que revisasse sua posição em relação à substância e relaxasse a punição a lutadores flagrados com ela em seu organismo.

Com a vitória transformada em “No Contest” (luta sem resultado), Thiago Silva voltou a ter um jejum de três anos sem vitória, desde um nocaute sobre Keith Jardine em agosto de 2009. Desde então, o brasileiro perdeu duas vezes e teve dois “no contests” – sua vitória sobre Brandon Vera em 1º de janeiro de 2011 também foi revogada após o lutador admitir ter se dopado para se recuperar de uma lesão nas costas. Contra Rafael Feijão, Silva sabe que está com as costas na parede.

– Os últimos três anos foram muito frustrantes para mim. Cometi meus erros e paguei por eles. Estou muito focado na minha luta, carreira e vida. Tenho que lutar. A melhor forma para se manter no topo é lutar. Estou focado no treino, mantendo minha cabeça limpa e parando de fazer m***, como estava fazendo – garantiu o lutador.