Repórter pró-legalização nos EUA pode pegar 54 anos de prisão

Você provavelmente lembra da história da repórter Charlo Greene, que pediu demissão ao vivo para se dedicar à indústria da maconha nos EUA. Ela era âncora de um jornal da emissora KTVA. Em setembro de 2014, após uma reportagem sobre o Alaska Cannabis Club, Charlo declarou diante das câmeras ser a real proprietária do clube e se demitiu com um mitológico “fuck it, I quit”, ao vivo.

Pois é! O problema é que, na interpretação da justiça norte-americana, ela é responsável por pelo menos 14 crimes que podem levá-la à prisão por até 54 anos. O principal problema é que o clube comercializava maconha antes da chegada da regulamentação da erva.

Os advogados da jovem apontam que o estado está sendo racista e perseguindo indevidamente a comunicadora e militante pró-legalização.

O lance é que nem entre o público a favor da cannabis ela tem apoio total. Alguns militantes responsáveis pelos avanços alcançados no Alaska consideram que aqueles que não aguardaram para agir conforme as leis realmente devem pagar por isso. “A vasta maioria das pessoas que está interessada em plantar ou vender seguiu todos os prazos e tem esperado pacientemente”, disse Tim Hinterberger, forte ativista local.

No caso, forçar a barra não foi o mais inteligente. De qualquer forma, é inacreditável que alguém possa passar tantos anos na prisão somente por antecipar uma ação em relação ao caminho natural da legislação em seu país.

Quando condenada, se o ato que a fez ser julgada, já for legalizado, não é possível que ainda assim ela precisa responder pelo crime.

Além do  Alaska Cannabis Club, outros dois estabelecimentos estão sendo perseguidos por terem agido antes da chegada da flexibilização da lei. Nem tudo são flores na terra do tio sam…