Quem será a capital canábica Americana – EUA ou Canadá?

Os Estados Unidos saíram na frente com a legalização da maconha medicinal em vários estados já há alguns anos e tem uns que já legalizaram inclusive a maconha recreativa. No entanto, as coisas não são assim tão simples como parecem quando se fala da parte financeira.

Como a legalização é apenas estadual e no âmbito federal a maconha continua ilegal, os trabalhadores e investidores da área enfrentam muitos problemas fiscais. Os bancos não aceitam abrir contas para dispensários de maconha como abririam para outras empresas. Por isso, acaba que as lojas tem que aceitar apenas pagamentos em dinheiro além, também, deter que pagar seus funcionários da mesma maneira. Com isso, eles não tem comprovação de sua renda e lutam para conseguir empréstimos, por exemplo.

Além disso, o código tributário dos EUA proíbe a dedução de despesas relacionadas a substâncias controladas para fins fiscais.

Enquanto isso, ao norte da fronteira, o primeiro ministro canadense Justin Trudeau votou pela legalização do consumo recreativo da maconha a nível federal, abrindo portas para investimentos, políticas fiscais menos restritivas e bancos que podem tratar a indústria da maconha como qualquer outra. Por enquanto a lei ainda não está em vigor no Canadá, mas, quando estiver, os negócios relacionados à maconha podem se perceber de repente em desvantagem nos EUA.

O sistema de maconha medicinal no Canadá é considerado um dos melhores do mundo e isso é uma das vantagens do país, além de, para muitos, ser uma prévia do que está por vir.

Leslie Bocskor, o presidente do Electrum Partners, uma empresa de consultoria e serviços de cannabis com sede em Las Vegas, prevê muitas oportunidades para ambos os países, visto que as indústrias de maconha medicinal e recreativa estão previstas para chegar a um total de U$ 40 bilhões nos próximos 5 a 10 anos.

“Haverá uma oportunidade para as empresas dos EUA fornecerem algum conhecimento experimental para os empresários canadenses que são capazes de se envolver nela, e em seguida, haverá oportunidades para as empresas canadenses a entrar no mercado dos EUA e fornecer algum valor real”, disse. “Eu acho que vai ser ótimo para ambos os mercados.”

Com informações do The Guardian