Quatro mexicanos entraram para a história da legalização da maconha no país ao receber autorização para plantar, cultivar e consumir maconha com fins recreativos. Eles são os autores da petição aceita pela Suprema Corte mexicana no início de novembro.
A Comissão Federal para a Proteção contra os Riscos Sanitários informou em um comunicado que “as autorizações são para que os quatro amparados possam plantar, cultivar, colher, preparar, possuir, transportar e consumir maconha com fins recreativos”.
Os quatro são membro da Sociedade Mexicana de Autoconsumo Responsável e Tolerante, ONG que defende a legalização das drogas para frear a violência ligada ao proibicionismo.
Para os outros milhões de mexicanos ainda continua valendo a legislação que, em 2009, descriminalizou o porte de algumas drogas, incluindo a maconha, para consumo pessoal, mas manteve o cultivo como delito.
As estatísticas da guerra às drogas no México são pesadas. Desde 2006, mais de 80 mil foram mortos e outros 25 estão desaparecidos por conta de conflitos entre narcotraficantes e forças de segurança. Mesmo com este brutal derramamento de sangue, o presidente Enrique Peña Nieto rejeita a legalização das drogas