Proibir para Proteger a Saúde ou o Bolso?

Existe diferentes tipos de proibicionistas: os que fazem isso porque acreditam no discurso da grande mídia, os que estão alinhados com alguma questão religiosa/moral e tem aqueles que são contra a legalização pensando no próprio bolso. É o tipo de gente que lucra e com a manutenção da atual política de drogas. É nesse último grupo que se encaixa o senhor Horacio Cartes, presidente do Paraguai.

Em entrevista recente o presidente paraguaio usou a velha desculpa furada da “porta de entrada” como argumento para não seguir o caminho do Uruguai de legalizar a maconha para combater as mazelas da guerra às drogas.

“Para mim, [a maconha] é a primeira porta de contato com os entorpecentes. Começa na maconha e creio que ela é a porta de entrada para as outras drogas”, disse Cartes aos jornalistas.

Mas quando pesquisamos a história de Horacio Cartes descobrimos que este discurso está mais alinhado com a questão financeira e não tem nada de preocupação com a saúde da população.

Este senhor é um dos maiores fabricantes de cigarros do Paraguai. Algumas das marcas fabricadas por sua empresa, a Tabacalera del Este, estão entre as mais vendidas pelos camelôs nas grandes cidades brasileiras. É o pior do pior entre os cigarros, o famoso “mata rato”, produzido com mais porcarias que o cigarro brasileiro.

O cara de pau que produz e lucra com os piores cigarros do mundo ainda tem coragem de dizer que é contra a legalização por defender a “saúde pública. É por pessoas como Horacio Cartes que devemos reafirmar nossa convicção de estar do lado certo.