O presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, o líder pra frente que legalizou a maconha para cortar pela raiz o mercado negro das drogas do país, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz deste ano.
O “Drugs Peace Insitute”, que apoiou a controversa visão de Mujica para estabelecer um novo paradigma de controle de drogas desde 2012, recentemente anunciou sua nomeação numa carta para o comitê de seleção, citando “sua contribuição para a paz mundial através da legalização do cultivo e comércio da cannabis em seu país” como argumento central.
Os membros do partido de esquerda de Mujica, o “Frente Amplio”, o “PlantaTuPlanta “ e a “Latin American Coalition of Cannabis Activists” também enviaram suas indicações para o presidente de 78 anos.
“Eu sou muito grato à essas pessoas por me honrarem,” disse Mujica recentemente. “Só estamos propondo o direito de tentar outro caminho, pois o caminho da repressão não funciona. Não sabemos se vamos ter sucesso. Pedimos apoio, espírito científico e a compreensão de que nenhum vício é bom. Porém, nossos esforços vão além da maconha – nosso alvo é o tráfico de drogas.”
Mujica não mediu esforços para legalizar a maconha, com a crença de que os bandidos do tráfico de drogas não podem prosperar numa sociedade que adota uma política com a cannabis legal.
Antes de se tornar o presidente do Uruguai em 2010, Mujica foi parte de um grupo revolucionário chamado Tupamaros – um movimento radical conhecido por participar de sequestros de policiais, propaganda armada durante os anos 1960 e 1970. Depois que a democracia foi derrubada em 1973, ele passou 14 anos numa prisão militar até 1985, quando a democracia constitucional foi reestabelecida.
Entre os tempos de guerrilha armada e presidência, Mujica foi ministro da Agricultura, pecuária e Pesca e senador. Ele foi considerado ”o presidente mais pobre do mundo” desde que prometeu doar 90% de seus ganhos mensais para instituições de caridade e pequenos empreendedores.
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