PF encontra cultivo de maconha ‘sofisticado’ e prende 1 em Petrópolis

Fonte: G1

Uma ação da Polícia Federal localizou duas estruturas sofisticadas de cultivo de maconha em uma casa em área do bairro Retiro, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Na manhã desta quinta-feira (5), a polícia apreendeu 39 pés de maconha e prendeu em flagrante, por tráfico, o dono da plantação, Flavio Ferreira Dillan, de 30 anos.

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A operação chamada “Do Leme ao Pontal”, que foi deflagrada também na cidade do Rio de Janeiro, desarticulou um grupo organizado que comercializava maconha e drogas sintéticas na Zona Sul carioca.

O trabalho foi feito pelo Departamento de Repressão à Entorpecentes (DRE-RJ) da PF após um ano de investigação. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em comunidades e bairros da área nobre do Rio.

Em Petrópolis, a operação começou por volta das 6h e contou com seis agentes do departamento, além de um cão farejador, campeão em apreensão de drogas, que veio de São Paulo.

Um chaveiro abriu o portão principal do terreno para a entrada da polícia. Na residência, foram encontradas as estruturas de cultivo, com 39 pés de maconha, entre plantas e mudas, além de parte da droga sendo desidratada em caixas.

Equipamentos sofisticados
A plantação chamou a atenção dos agentes pela sofisticação nos equipamentos com tubos de ar e luzes para controlar a temperatura, umidade e iluminação das plantas.

De acordo com os peritos, esse cultivo, considerado mais nobre, faz a separação das substâncias, isolando a folha com maior concentração de THC (tetra-hidrocanabinol), o que possibilita a venda mais cara do produto. O THC é uma substância química produzida pela maconha, responsável pelos principais efeitos da droga.

Homem de 30 anos preso na operação da PF em Petrópolis (Foto: Andressa Canejo/G1)Suspeito de 30 anos preso em flagrante (Foto:
Andressa Canejo/G1)

No flagrante, o suspeito alegou usar o entorpecente para fins medicinais. A mãe do rapaz, que também estava na residência, afirmou que o filho plantava a droga somente por causa da doença, a epilepsia. Eles são do Rio de Janeiro, mas moram há cerca de cinco anos em Petrópolis.

“Meu filho é totalmente do bem, é religioso, honesto. Ele não é traficante. A produção dele é somente por causa da doença. Ele que produz os remédios junto com alguns amigos. Meu filho não é criminoso”, explicava.
O suspeito e todo o material periciado, incluindo os equipamentos usados no imóvel, foram levados pelos agentes para o posto da Polícia Federal em Petrópolis, no Quitandinha, onde o caso será registrado.