Paraguai inicia importação de óleo de maconha

O Paraguai produz muita maconha, mas só em 2017 o governo do país tornou legal o comércio de óleos canábicos destinados ao uso medicinal. Por enquanto, apenas uma farmácia da capital Assunção vende o medicamento destinado ao tratamento de epilepsia refratária e dores oncológicas. O laboratório local Lasca é o responsável pela importação e distribuição.

Mesmo com tanta erva crescendo em solo paraguaio, o custo do medicamento (que é 100% importado) é bem elevado. O vidro de óleo de cannabis para epilepsia tem um preço de 1,8 milhão de guaranis (US$ 323) e as gotas oncológicas de 1,13 milhão (US$ 235).

O valor poderia ser ainda maior, mas o governo paraguaio estabeleceu um subsídio que reduziu o preço pago pelo consumidor final. “O produto para a epilepsia nos Estados Unidos custa US$ 500. É um preço subsidiado que o Paraguai foi capaz de trazer para o laboratório,” explicou Luis Ávila, gerente de mercado do laboratório Lasca.

No final de maio, o ministro de Saúde Pública, Antonio Barrios, anunciou a importação do produto para permitir o acesso a uma “alternativa terapêutica que pretende diminuir o sofrimento de pacientes”.

A iniciativa surgiu após o importante número de pedidos para a autorização dessa substância para diminuir a dor, entre eles os da Associação de Pais Cannabis Medicinal Paraguai (Camedpar) e a Fundação Mamãe Cultiva.