Organização Mundial da Saúde critica legislação proibicionista dos EUA

O assunto é maconha os Estados Unidos vive duas realidades contraditórias. Uma é a dos estados que legalizaram o uso recreativo e/ou medicinal da erva e a outra é a legislação federal proibicionista, que, em tempos de Trump, dificilmente mudará de rumo para abandonar a guerra às drogas.

A radicalidade na forma como o governo federal norte-americano ainda trata a maconha foi alvo de críticas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Até o não psicoativo canabidiol (CBD) é enquadrado na Lista I de substâncias, uma categoria de produtos que não tem valor fitoterápico e que podem causar dependência.

Para o Comitê de Peritos da OMS em Dependência de Drogas (ECDD), o canabidiol tem um potencial muito baixo de abuso e, de fato, apresenta vários benefícios medicinais. Além disso, a ECDD reconhece os benefícios do canabidiol em tratamentos para doenças como Alzheimer, Parkinson, ansiedade, dor, náusea, etc.

É importante registrar que a classificação de drogas usada pelo governo federal dos EUA não é um documento obsoleto, que desconsidera as descobertas mais recentes da ciência. A última atualização da lista, que segue ignorando o potencial terapêutico do CBD, aconteceu em dezembro de 2016.