O eleitorado dos EUA foi às urnas ontem para votar, além de na presidência, sobre o futuro da maconha no país. E a notícia é boa em 8 estados! Principalmente para a Califórnia, que já tinha a maconha medicinal legalizada desde 1996, e agora liberou o consumo recreativo.
É o mesmo caso de Massachusetts, Nevada e Maine, locais que também já haviam aderido à cannabis medicinal e agora estão abrindo as portas para o uso sem prescrição.
Locais que não eram tolerante à maconha medicinal entraram de vez no mapa verde americano. É o caso de Dakota do Norte, Flórida e Arkansas, que decidiram pelo uso médico da erva. Em Montana o referendo sobre a maconha também “deu bom” e as leis foram flexibilizadas para comportarem o uso terapêutico da brenfa.
O único dos 9 estados que disse não ao referendo canábico foi o Arizona. Por lá o “Não” ganhou com 52% dos votos válidos e com isso a chance de legalização recreativa ficou pra trás. Mas vale lembrar que por lá a legalização médica já está em vigor.
Mas se por um lado o resultado das urnas em relação à maconha foi maravilhoso, se analisarmos a respostas das urnas sobre a presidência… complica! A contradição vivida pela política norte-americana apresenta metade do país legalizando a erva em seus âmbitos estaduais enquanto quem chega para dominar a esfera federal é um camarada que não é muito fã da “marijuana” e toda sua cultura de resistência.
A chegada de Trump ao poder diminui notoriamente as chances de legalização completa por parte do Tio Sam. Muito embora os EUA não deva querer ficar para trás nessa corrida ao ouro verde. Embora Trump tenha se posicionado a favor da maconha medicinal, a outra candidata foi quem teria proposto o rebaixamento da classificação da maconha tirando-a do nível 1 e passando para o 2, onde as substâncias são controladas ao invés de proibidas.
Em relação específica à maconha, é certo que não vá haver retrocesso, mas pode ser que demore um pouco mais para os EUA atingirem a legalização da maconha de forma completa, como fez o Uruguai e como pretende fazer, no ano que vem, o Canadá.
Aqui no Brasil muita gente vê a eleição de Trump como um prenúncio das forças conservadores chegando ao poder. E até chegam a fazer piada sobre “bolsonaro 2018”. Mundo maluco da porra… eu hein!