Enquanto o governo brasileiro busca uma solução para aprovar o retrógrado projeto de lei 7663/10, do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), a Organização dos Estados Americanos (OEA) indica a necessidade de seguir no rumo oposto ao proibicionismo. A OEA reúne os 35 Estados independentes das Américas, inclusive o Brasil.
O relatório da organização, apresentado na última sexta-feira na Colômbia, sugere a legalização da maconha no continente americano e descriminalização de todas as drogas. A OEA defende que o dinheiro gasto na guerra às drogas seja investido em programas de saúde e atenção de usuários.
Quem recebeu o relatório foi o presidente colombiano Juan Manuel Santos, que ficou em cima do muro e não pensa em mudanças a curto prazo. “Vamos deixar claro que ninguém aqui está defendendo nenhuma posição, nem legalização, nem regulação, nem guerra a qualquer custo. O que precisamos fazer é usar estudos sérios e bem considerados como esse que a OEA nos apresentou hoje para buscar melhores soluções”,
Já o secretário-geral da OEA, Miguel Insulza, afirmou que o objetivo do relatório é mostrar o fracasso da guerra às drogas e mostrar como ela prejudica a “saúde pública, a qualidade do governo e até mesmo a democracia”.
Pena que o governo Dilma, mais preocupado com as alianças eleitorais, aceite a proposta do lobby conservador de fortalecer as internações compulsórias e tratar todo usuário como doente, fortalecendo estigma e o preconceito.