Obama diz que legalização da maconha não deve ser prioridade para a juventude

Enquanto a legalização da maconha avança na esfera estadual nos Estados Unidos o presidente Obama fez um pedido, no mínimo, cínico para a juventude norte-americana. Para o homem mais poderoso do mundo a juventude deveria se preocupar com coisas mais importantes do que a legalização da maconha. obama3

“Jovens: entendo que isso seja importante para vocês, mas ao pensar sobre as mudanças climáticas, a economia e os empregos, a guerra e paz, talvez lá no fim da lista vocês devam pensar sobre a maconha”, disse Obama. Ele afirmou há bastante tempo que apoia a descriminalização da maconha, mas não a legalização da droga.

Parece que Obama finge não saber que a luta pela legalização da maconha não se resume apenas ao direito de acender um baseado. Isso todo maconheiro já faz e não existe lei capaz de impedir que a marola suba todos os dias.

A legalização é, acima de tudo uma ação de paz. É para acabar com a prisão de jovens de paz, condenados por plantar maconha ou vender algo para alguém que queria comprar. Esqueça o estereótipo do traficante violento e milionário: a maioria dos condenados por tráfico é preso sem armas, com pouca quantidade de drogas e não possui ligação com organizações criminosas.

Obama afirmou que defende apenas a descriminalização, mas sabemos que isso não resolve o problema do proibicionismo. Sem a legalização o tráfico continua com o monopólio da venda de drogas que são vendidas sem nenhum controle de qualidade e/ou normas de proteção ao usuário.

Não existe outra solução, Obama. A legalização deve ser uma política prioritária para proteger a juventude da desgraça que representa a guerra às drogas. Falácias proibicionistas (de proibir para proteger as famílias) não colam mais.