A felicidade e a esperança transbordam da mente, do coração e da alma por escrever um texto contando que o Uruguai legalizou a maconha. A decisão foi tomada no final da noite de ontem, após 11h de debate no Senado e uma votação de 16 votos a favor e 13 contra o projeto. Agora só falta a assinatura do presidente Mujica, que já fez um grande número de discursos em defesa da legalização.
Uma curiosidade que poucos perceberam é que a aprovação do projeto de legalização ocorreu no Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12). Não existe data melhor para acabar com uma proibição estúpida, que surgiu como instrumento de perseguição à cultura negra e hoje serve para criminalizar pessoas pacíficas que vão para cadeia apenas por vender algo para alguém interessado na compra.
Agora, o governo tem um prazo de 120 dias para fazer a regulamentação da lei. A maconha produzida pelo poder público será vendida em estabelecimentos credenciados com o limite de 40 gramas por mês para cada consumidor. Olha a festa da galera que acompanhou a votação dentro do Senado:
Também será permitido o cultivo de seis pés por residência (com um limite de colheita de 480 gramas anuais) e participação em cooperativas de usuários com o mínimo de 15 e o máximo de 45 membros. Que fugir das regras pode ser enquadrado na lei de tráfico e pegar uma pena entre 20 meses e 10 anos de prisão.
A lei uruguaia impede qualquer tipo de campanha publicitária que estimule o uso da maconha e determina a criação de uma disciplina obrigatória em escolas e universidades sobre a “prevenção ao uso problemático de drogas”.
Na mente de milhares de maconheiros do Brasil deve existir um plano para visitar o Uruguai no próximo ano. Infelizmente venda não será permitida para estrangeiros, mas o prazer de pisar em uma terra onde que fuma cannabis não é considerado um criminoso deve ser inexplicável.
Se o Hempadão vai lá? Que pergunta…